Roda de conversa realizada em projeto sobre memória de Atafona
Evento, dentro do projeto "Mulheres de Areia, Memórias de Atafona", aconteceu na quarta-feira no Colégio Estadual Doutor Newton Alves
O projeto “Mulheres de Areia, Memórias de Atafona”, aprovado na Lei Paulo Gustavo RJ de 2023, promoveu na quarta-feira, 10, uma roda de conversa no Colégio Estadual Doutor Newton Alves com o tema “Como as mulheres da região afetam e são afetadas pelo território em que vivem?”. O objetivo do projeto é mapear a relação com a localidade por meio de entrevistas, pesquisa, fotografias, vídeos e documentação, valorizando a história local pela narrativa de oito de suas moradoras.
O evento provocou um diálogo sobre preservação de memória e cultura, passando pela força do empreendedorismo feminino e pela transformação da comunidade. Participaram a professora e doutora em Estudos Urbanos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Teresa Peixoto, o professor e doutor em Ciências Biológicas da Uenf, João Almeida, e a líder da cooperativa Arte Peixe e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Fernanda Pires.
O projeto “Mulheres de Areia, Memórias de Atafona” é desenvolvido pela jornalista niteroiense Ana Luiza Cassalta e pelo fotógrafo carioca Flávio Veloso e conta com apoio da Secretaria Municipal de Turismo e Lazer. Ele busca contribuir com a preservação da memória diante do fenômeno ambiental vivido na região.
“Receber um debate tão relevante não só valoriza, como reforça o sentimento de pertencimento da nossa comunidade. Atafona é um lugar que encanta com seu cenário emblemático e seu povo apaixonado”, destacou o secretário municipal de Turismo e Lazer, Edivaldo Machado.
“Atafona é um lugar único, não só pelos fenômenos do avanço do mar, mas pelas suas histórias e mistérios, pelos piratas que deram origem aos muxuangos, os caboclos louros da região, pelas panelas brilhantes limpas com areia e expostas nas cercas das casas. Preservar essas histórias é preservar a alma sanjoanense, e que faz de Atafona não um lugar qualquer, mas uma referência na vida de seus moradores” analisa o professor João Almeida, que já realizou trabalho de pesquisa e fotografia na Ilha da Convivência.